Atletas curitibanos fizeram uma passeata no Parque Barigui, no sábado, dia 10 de novembro.
O motivo: Justiça, pelo assassinato do Mestre Osmar Dias, líder da Academia Thai Boxe, há quatro anos atrás.
A lição de vida do mestre Osmar
Osmar Dias nasceu em 1970, na cidade de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Aos 3 anos perdeu seu pai e conseqüentemente a boa situação financeira que tinha por causa da empresa que ele administrava.
“Depois que minha mãe conheceu meu padrasto tudo que meu falecido pai tinha construído foi vendido, não souberam administrar o dinheiro e perderam tudo”. Desde criança apanhava de seu padrasto e era obrigado a trabalhar para comprar cigarro e bebida para ele. Entre os 7 e 12 anos, Osmar vendia picolé. Também trabalhou como jardineiro e ajudante de pedreiro. Aos 15 anos já administrava sua própria empresa de prestação de serviços.
Na adolescência liderava a “gangue” do bairro onde morava e vivia se metendo em confusões: “Como fui criado em um ambiente hostil fiquei muito revoltado. No meu trabalho eu era uma pessoa e quando andava com a rapaziada na rua era outra. Não tinha medo de briga”.
Ao ver que Osmar levava jeito nas brigas, um amigo chamado Carlos Joel, que conhecia a academia Chute Boxe, o levou para treinar lá. Osmar não gostava de academia, mas depois de um episódio resolveu conheceu o muay thai. “Aos 15 anos apanhei de uma galera e fiquei traumatizado. Em 1987 fui conhecer a Chute Boxe, vi o pessoal treinando, achei maravilhoso e quis entrar na academia. Como eu ajudava sustentar a família, não podia pagar os treinos, mas o mestre Rudimar disse para pagar aos poucos e que também eu poderia fazer alguns serviços de pedreiro que precisasse, e assim pude treinar”.
Osmar então começava sua história no muay thai e depois de dois anos de treino já era campeão paranaense, metropolitano e interestadual.
Quando Rudimar abriu uma filial no Largo da Ordem, Osmar foi para lá treinar com Fábio Noguchi. “Ali começava minha amizade com o mestre Noguchi. Quando ele montou sua própria equipe, pedi ao mestre Rudimar se poderia continuar treinando com Noguchi, mas ainda ser da Chute Boxe, pois foi ali que eu tinha me criado. O mestre Rudimar aceitou e mesmo treinando com Noguchi, representei a Chute Boxe em várias lutas”.
Em 1992 Osmar foi lutar no Rio pela Chute Boxe. Também foram Rafael Cordeiro, Cunha, Nilson Castro e Wanderlei Silva e todos venceram seus combates. Em 1993, Osmar Dias recebeu a graduação preta do mestre Noguchi.
Por ser menor que os outros atletas, começou a praticar boxe para entrar mais facilmente no raio de ação de seus adversários. Lutou cerca de 20 lutas de boxe amador e foi para os Estados Unidos em 1999 onde se tornou sparring do atual campeão daquela época, Enjeou Mafrendi. “Fiz minha estréia profissional lá e empatei com um lutador que tinha mais de 100 lutas. Tinha contrato para mais lutas, mas como sou muito ligado à família e minha mãe estava com depressão e saudades então resolvi voltar e criar a minha academia”.
Na oficina onde trabalhava, Osmar já dava algumas aulas para seus colegas. Então conversou com seus mestres Noguchi e Rudimar e eles concordaram na abertura de uma nova academia, que se chamaria Thai Boxe. Após 5 anos de trabalho, Osmar formou seu primeiro faixa preta, Fernando Falkenbach, e tempos depois, Alessandro Zanon “Geloco”.
Em 2007, formou Flávio Veiga: “Além de ser avô do meu filho, ele é um pai para mim, espelho-me muito nele no lado empresarial da minha vida”. Já no lado marcial, os agradecimentos são para seus mestres e companheiros de treino: “Agradeço aos mestres Rudimar, Noguchi, Rafael cordeiro, Nilson de castro, pois são pessoas que irão viver eternamente na minha vida. Se estou no lugar que estou hoje, tenho muito a agradecer a eles”.
Osmar foi o criador e promotor do Torneio Estímulo de Muay Thai, o maior torneio amador da América do Sul. Em 2008 ajudou a organizar o Campeonato Paranaense de Muay Thai.
“Depois que minha mãe conheceu meu padrasto tudo que meu falecido pai tinha construído foi vendido, não souberam administrar o dinheiro e perderam tudo”. Desde criança apanhava de seu padrasto e era obrigado a trabalhar para comprar cigarro e bebida para ele. Entre os 7 e 12 anos, Osmar vendia picolé. Também trabalhou como jardineiro e ajudante de pedreiro. Aos 15 anos já administrava sua própria empresa de prestação de serviços.
Na adolescência liderava a “gangue” do bairro onde morava e vivia se metendo em confusões: “Como fui criado em um ambiente hostil fiquei muito revoltado. No meu trabalho eu era uma pessoa e quando andava com a rapaziada na rua era outra. Não tinha medo de briga”.
Ao ver que Osmar levava jeito nas brigas, um amigo chamado Carlos Joel, que conhecia a academia Chute Boxe, o levou para treinar lá. Osmar não gostava de academia, mas depois de um episódio resolveu conheceu o muay thai. “Aos 15 anos apanhei de uma galera e fiquei traumatizado. Em 1987 fui conhecer a Chute Boxe, vi o pessoal treinando, achei maravilhoso e quis entrar na academia. Como eu ajudava sustentar a família, não podia pagar os treinos, mas o mestre Rudimar disse para pagar aos poucos e que também eu poderia fazer alguns serviços de pedreiro que precisasse, e assim pude treinar”.
Osmar então começava sua história no muay thai e depois de dois anos de treino já era campeão paranaense, metropolitano e interestadual.
Quando Rudimar abriu uma filial no Largo da Ordem, Osmar foi para lá treinar com Fábio Noguchi. “Ali começava minha amizade com o mestre Noguchi. Quando ele montou sua própria equipe, pedi ao mestre Rudimar se poderia continuar treinando com Noguchi, mas ainda ser da Chute Boxe, pois foi ali que eu tinha me criado. O mestre Rudimar aceitou e mesmo treinando com Noguchi, representei a Chute Boxe em várias lutas”.
Em 1992 Osmar foi lutar no Rio pela Chute Boxe. Também foram Rafael Cordeiro, Cunha, Nilson Castro e Wanderlei Silva e todos venceram seus combates. Em 1993, Osmar Dias recebeu a graduação preta do mestre Noguchi.
Por ser menor que os outros atletas, começou a praticar boxe para entrar mais facilmente no raio de ação de seus adversários. Lutou cerca de 20 lutas de boxe amador e foi para os Estados Unidos em 1999 onde se tornou sparring do atual campeão daquela época, Enjeou Mafrendi. “Fiz minha estréia profissional lá e empatei com um lutador que tinha mais de 100 lutas. Tinha contrato para mais lutas, mas como sou muito ligado à família e minha mãe estava com depressão e saudades então resolvi voltar e criar a minha academia”.
Na oficina onde trabalhava, Osmar já dava algumas aulas para seus colegas. Então conversou com seus mestres Noguchi e Rudimar e eles concordaram na abertura de uma nova academia, que se chamaria Thai Boxe. Após 5 anos de trabalho, Osmar formou seu primeiro faixa preta, Fernando Falkenbach, e tempos depois, Alessandro Zanon “Geloco”.
Em 2007, formou Flávio Veiga: “Além de ser avô do meu filho, ele é um pai para mim, espelho-me muito nele no lado empresarial da minha vida”. Já no lado marcial, os agradecimentos são para seus mestres e companheiros de treino: “Agradeço aos mestres Rudimar, Noguchi, Rafael cordeiro, Nilson de castro, pois são pessoas que irão viver eternamente na minha vida. Se estou no lugar que estou hoje, tenho muito a agradecer a eles”.
Osmar foi o criador e promotor do Torneio Estímulo de Muay Thai, o maior torneio amador da América do Sul. Em 2008 ajudou a organizar o Campeonato Paranaense de Muay Thai.
Fonte: Primeiro Round
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